13 de jan. de 2012

Em nome do prazer de... errar


Não sei como conseguem... sinceramente!
Revelarem de suas intimidades -que de íntimas nada têm mais-, do sexo que fazem e como fazem, de suas peripécias, de suas vinganças, ostentações disfarçadas, loucuras, destruições e injustiças... e com tamanho orgulho, com tanto prazer! Como se fossem conquistas dignas, troféus honrosos. Sério que creem nisso?
Fora que, qual a utilidade? Aparecer? Chocar? Polemizar? Influenciar?
Dizem-se sonhadores de um amor que não encontram... Quer dizer, que "dizem" querer encontrar, mas que eles mesmos sabem que apenas fingem buscar, e que, distraídos pela superficialidade das formas e dos bens ostentados, encontram suas perfeitas justificativas para os desvios, sem qualquer preocupação com as consequências.
"A vida é minha!"- bradam por aí, quando contrariados, ou quando eles mesmos constatam o erro antecipadamente.
"Vida injusta!"- blasfemam, frente aos resultados mais previsíveis.
Alguém há de dizer que estes são realmente intensos. E terá razão. Mas sabemos que são intensos... como toda alma vazia que busca na intensidade, o seu preenchimento. É tudo o que têm.
Caem. E caindo, nem sempre o fundo é percebido. Às vezes, o fundo é a própria queda. Caem tanto, mas tanto, que acreditam estar voando. Mais uma ilusão junta das outras tantas que vivem.
Pensam que ser verdadeiro é chocar o mundo. Perdem-se do bom-senso, e confundem a vingança com a justiça. Não vêem diferença nisso.
Sem hipocrisia da minha parte: os erros existem, como também as decisões equivocadas, as atitudes questionáveis... Tudo faz parte do nosso histórico, do que nos constrói e destrói até aqui. Mas daí a ter orgulho de assumir tudo isso, de ter prazer em continuar errando, sem se sentirem responsáveis pelo que expõem por aí? Está bem distante de quem quer ser feliz, de quem quer fazer diferente, melhor, e de quem busca o amor.
Realmente, a vaidade cega os orgulhosos...
Que me perdoem os que assim vivem a vida.

2 comentários:

  1. È a busca constante da autoaceitação, usando o artifício tosco da autopromoção. Criam-se personagens, afirmam serem incompreendidos, invadidos... No fundo, de tanto exporem fatos ( e não ideias), percebem-se que no fundo, estão numa esfera superficial de relacionamentos. Eu só lamento quando vejo isso. ( Apesar de, de quando em vez, eu mesma tbm cair nesse tipo de armadilha).

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    1. Roberta, acho que tudo é o modo como as coisas são expostas também, né... Obviamente que não sou um puritano ou um detetive, mas por exemplo, como eu sempre prezo muito, pra falar de sexo, não precisa ser vulgar e fazer disso um escracho, uma baixaria. Coisa que poderia tranquilamente ficar no reservado. É tão charmoso ser sutil.
      O tempo dos segredos verdadeiros acabou. Agora, fingem que é segredo, que é íntimo, que ninguém lerá.
      Mas o pior mesmo é se orgulhar de "ser perdido", é assumir os passos mal dados com um sorriso franco...
      E tem quem admire, o que é pior ainda...
      Nem se compare, por favor...
      Beijo!

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