O Espaço

Cadinho confuso, rascunho constante, desabafador virtual, revisor de pensamentos, esmiuçador e palavreador de sentimentos, conceitos e preconceitos, mistura de tudo e de todas as coisas. Repetitivo e até mesmo cansativo, como deve ser toda área de exercício para a tentativa da transformação íntima através da reflexão. Tão intimista que alcança o egoísmo com facilidade. Despretensiosamente genérico, como todos os problemas e todos nós -por mais que consideremos a nós e aos nossos o maior peso e valor, numa ilusão cheia de pretensão. É aqui que espremo -ou exprimo?- as feridas e tento enxugar a lamentação dos erros, o suor dos recomeços... mesmo que não dê qualquer vazão a isso. Os amores contados, as dores expostas, as vitórias conseguidas, as vitrines mostradas... Nem tudo aqui é irreal ou real, porém, tudo é absolutamente pessoal.
Flávio Pinheiro Reis