O Pseudo

Flávio Pinheiro Reis - Rio de Janeiro, 1977, é um passeador de personalidades inconstantes, contraditório e  contemporâneo. Egoísta, orgulhoso e vaidoso. Vivia hipocritamente em permanente contradição. Dizia uma coisa, fazia outra. Mostrava ser de um jeito, vivia de outro. Foi até o fim tentando enganar-se. Sempre fora o  maior obstáculo de si mesmo, mas sempre fugiu dessa realidade. Pensava ser quase santo, pensava muito ter acertado. Não era nada. Iludiu e iludiu-se. Machucou e machucou-se. Surpreendeu e surpreendeu-se. Tem lutado ferozmente para mudar tudo isso desde que atingiu seu limite de equívocos, desde que a máscara caiu, desde que sua verdadeira identidade foi revelada publicamente. E não era um super-herói.
Perdeu tudo o que podia e agora não pode mais se dar o luxo de arriscar a própria vida.
Pelo lado material, ilustrador e desenhista. Metido a escritor desde que decidiu se embrenhar nessa selva fechada de sentimentos, num embate frequente, em tentativas infindáveis de conseguir utilizar-se das palavras para traduzir exatamente o que pensa e o que sente.
Reis, em homenagem ao meu avô querido.
Avesso à fotografias desde sempre.