24 de jun. de 2011

Premonição!

Sim, minha gente!
Os olhos se cerraram.
A voz emudeceu.
O corpo se retesou de forma irreversível.
O calor deu lugar à frieza.
A expressão se fechara sem combustível.
A máquina perfeita enfim expirara.
A noite chegou!
Mas sabemos que depois de toda noite, vem o dia.
Mesmo que distante das nossas crenças exigentes.
Uma nova vida, cheia de luz e cor.
A esperança é a energia nesse novo renascer.
Leve, sem o peso do instrumento de carne.
A consciência -aos poucos- vai retornando.
É como se acordássemos de um longo sonho.
Um sono embargado.
À distância, a sensação de saudade.
Algo ficou para trás.
Mas é preciso olhar pra frente.
Liberdade, minha gente!
A lembrança e a consciência estarão vivas!
E respiramos mais aliviados longe do nosso pavor do nada.
Tanta insegurança e lá está de novo, um novo amanhecer!
Entre o nada e a expectativa, prefiro viver da segunda.
Eis que ela me consola, me afaga, me conforta.
Se soubéssmos o quão é importante selecionarmos o que sentir...
O que sentir pelos que nos antecederam no retorno...
Há muitas moradas na casa de meu Pai.
E se a felicidade não é desse mundo, é porquê certamente será do outro.
A voz retorna mais limpa.
A sensação é de saúde.
A vivacidade nos volta sólida.
Agora, somos apenas alma!
Fecha-se um ciclo, abre-se o elo.
Simples: a morte não existe!
Sorria, lembre e sinta a saudade.
Mas lembre-se ainda que um dia também a mataremos.
...
Não sei. Senti vontade de escrever sobre o fato.
Espero que sirva a alguém. Pois que serve pra mim.
É a minha verdade.

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