4 de jul. de 2011

Expor-se em amar

Para os que amam, a vida é uma contagem regressiva permanente pela despedida.
Já até cantaram isso, é verdade...
Mas não! Isso nem um pouco significa que acredito na morte.
Apenas que a lembrança ainda não me é suficiente pra compensar a ausência física mais espaçada.
Os sonhos são migalhas mínimas perto do que possuo hoje ao alcance das mãos.
Por isso, cada reencontro é sempre uma celebração.
E cada despedida, uma repetida sensação de lamento.
"Quando será a última?"
"E a próxima, será logo? Demorará?"
Não basta amar dentro do coração!
Quase sempre já sabemos que amamos.
Porém preciso é tocar e dizer ao outro.
O outro saber que isso existe em nós pode fazer toda diferença...
Pode aumentar sua expectativa de vida, sua gana de viver, de prosseguir...
A oportunidade é sempre agora.
"Amanhã?!"
Quem sabe do amanhã?...
Então, corra lá e diga! De preferência, pessoalmente!
Ou pelo menos telefone! Mande uma mensagem! Uma carta, que seja!
Mas faça!
A vida é tão aparentemente frágil... espremida entre o berço e o túmulo.
E olha que eu sei que ela não tem esse fim tão frio e distante...
Mas se você não acredita, deve correr mais ainda!
Antes que o novo reencontro seja definido pelo relativo fim da sua própria vida.

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