13 de abr. de 2010

Pensas que és...

Pequeno homem
Não de estatura e sim de postura
Muita pretensão
Medíocre aquele que pensa que é o que sonha ser
Maldito do ser que mostra na casca o que no fundo não é
E amaldiçoado seja aquele que esconde seu mal íntimo
E se disfarça de deus para continuar vivendo no meio dos anjos
Ele que sonha ser a causa boa e o objetivo daqueles que realmente são bons

Pobre homem
Nem de dinheiro, mas de espírito
Rico de orgulho em sua pequenez
Iludido em achar-se superior mesmo indo tão baixo
Destruindo, assolando, traumatizando, crudelizando qualquer ato
Pior sua pena, maior sua condenação
Pois que já sabia que muito lhe havia sido dado
Muito mais ainda absorvido a responsabilidade
E ainda assim, caiu e derrubou o mundo alheio

Louco Homem
Que agora vive entre a agonia e a vaidade
Agonia da consciência
Vaidade da inconsciência
Que se encontra na inconsistência de suas verdades
Vive como que viciado em desequilíbrio
A esconder saciedades pelos cantos
A amparar-se na hipocrisia disfarçada de austeridade
É daqueles que escondem bebidas nos vidros de perfume
Refeições em gavetas de fundo falso
E erotizações em arquivos ocultos...

Infeliz homem
Que ainda reconhecendo onde necessita mudar, não o consegue
Quanto ainda será necessário mergulhar e sofrer pra vencer?
Como será 'querer mais que se transformar' e finalmente ser?
Sabe que a saturação só é sinalizada diante de nova queda...
E teme isso.
Quem mais perder? Quem mais decepcionar? Quem mais fazer sofrer além de si?
Talvez, seja caso perdido
Desgraçado homem...

"O homem que diz 'sou' não é...
Porque quem é mesmo... não diz."

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