O frio na barriga,
O embrulhar do estômago,
O mal estar inexplicável,
Por fim, perda total de apetite.
A vertigem ao olhar,
O desvio covarde dos olhos,
O não crer no ver,
Até a surpresa ao constatar.
O acalento ao ouvir,
O nó na garganta,
O emudecer tímido,
Para então gaguejar ao revelar.
O arrepiar dos braços,
O aquecer do pescoço,
Enrubescer das faces,
Até suar gelado na fronte.
As noites de insônia,
Os sonhos acordados,
Os sonhos dormidos,
Para o despertar do humor.
O magnetismo irresistível,
O aguardar da oportunidade,
O melhor instante de aproximar,
Até o inacreditável momento.
A admiração constante,
Acarinhar a qualquer custo,
Dos abraços respeitosos,
Aos beijos atrapalhados.
A impaciência da espera,
A ansiedade da chegada,
A dor da despedida,
E por fim, a tristeza da distância.
As expectativas mais otimistas,
Os compromissos prioritários,
Dos milhares de planos,
Às juras eternas.
A inocência das descobertas singelas,
A simplicidade dos desejos,
O respeito supremo,
Até o amor incorruptível.
...
É um amor com todo frescor das almas joviais.
Não seria nada de estranho, se ambos não tivessem mais de sessenta anos...
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