30 de abr. de 2011

Quem manda é o coração

Ah, esse teu 'poder' sobre a liberdade...
Percebo o quanto é frágil essa segurança.
A qualquer momento, teu coração se rebela, se encanta e vai...
E estará tudo acabado...
Ele se acorrenta a outro coração e leva a ti junto.
Tu mesmo! Irás com ele sem questionares o rumo.
Cega de amor e ávida por prender-te...
Os rebeldes precisam do cárcere... para o bem próprio deles.
E por mais que digam que estão no comando, logo sucumbem ao poder maior.
(O amor, talvez...)

Não adianta, não te enganes, não me enganas...
Te faltam outras experiências maiores...
Te falta mais vivência.
Se hoje não te amarras e observa-te satisfeita com essa liberdade, é por pura falta de oportunidade...
Não superestime tua vontade de decidir!
Ela -a tal vontade- não será nada quando tudo acontecer...
Me perguntarias: '-Tudo o que?'
Você vai saber... - te responderia.

Não adiantará entricheira-te, aguerrida, a fechar os olhos ofuscados após a luz.
Com o coração alvejado, nada mais resiste.
E nem vai lamentar-te presa...
E nem vai lembrar-te daquela liberdade.

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