28 de abr. de 2011

Carta-Pensamento: "Percebe isso?"

"Basta você querer atentar um pouco mais seus olhos, e vai perceber o que anda acontecendo nas entrelinhas do que escrevo 'a esmo', por aí.
Vai ver que na verdade, nada é jogado ao vento sem motivo importante. Muito pelo contrário...
Como queria que você percebesse essas nuances bruscas que me tomam as idéias e se transformam em torrentes de sentimentos palavreados, recheados de emoção ardoroza, inquietante, de pura agonia... pelo menos, pra mim.
Pena que o vocabulário é tão limitado, e recheado apenas de palavras simplistas quanto ao que sinto. Até me desanima um pouco em fazê-lo...
E quando isso acontece, volto aos seus olhos, em deleite infinito e viciante, à buscar mais algum detalhe que segundos antes, eu ainda não percebera.
Nesse espaço que nos empurra à virtualidade compulsória, pode parecer tudo muito etéreo, olhando de fora... Mas só Deus sabe o quanto você me domina a atmosfera dos pensamentos. Respiro mesmo, sua lembrança em imagens quase vivas.
Talvez seja melhor mesmo você nem saber de nada disso... Talvez, você descobrindo, vá me ter como um louco obsessivo, digno de ser trancafiado no esquecimento, pela eternidade. Afinal, quem ainda hoje, agiria assim?
Não sou nada disso... Sou manso ditador de vibrações amorosas. Quero apenas muito, o seu bem. É o que me resta, não é? O furor das chamas fica retido dentro da candeia ajustada...
Num sonho distante -quem sabe?- respirar teu perfume embriagador, tocar seus lábios com os meus, colher-te como pequena flor em minhas palmas, e ouvir sua voz como doce canção do vento.
Está na sua opção prestar um pouco de atenção nessa deliciosa angústia que me faz sorrir nervoso... aqui ao lado ou mesmo a centenas de quilômetros de distância... Pelo simples fato de saber que você existe. Que está por aí, vivendo no mesmo mundo que eu, contemporânea da minha vivência... ao alcance dos meus olhos, pelo menos."

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