12 de out. de 2010

Mais uma vez...


Eu precisava vir...
O vazio estava até então cheio.
Quando esvaziou de repente.
E eu precisava despejar toda essa represa aqui.
Com palavras repetitivas, expressões meia-bocas, linguagem simples...
Ser direto.
Fazer mais uma vez o exercício de me expor.
E expor tudo o que sinto de dor.
Desde que fiz você cair nessa tormenta infeliz.
Ser a causa de tantas coisas ruins não é fácil.
Mas o pior é a maldição...
Que me faz -por meio da angústia que sinto nas madrugadas- saber exatamente que é você quem chora no escuro.
Eu sei disso... sinto a vibração dessa agonia.
E o meu coração se aperta, se espreme, se distorce...
Não serão jamais as coisas escritas que me salvarão disso...
Sei disso também...
Mas é como se fosse um vício, vez ou outra, jorrar tudo isso nas letras.
É dor sobre dor.
Sem soluções nesse momento.
Sem saídas previstas... tão cedo.
Só posso esperar que a tua tempestade passe.
Que suas lágrimas sequem mais uma vez.
Que seu coração sofrido se cicatrize.
Como eu queria não ter passado pela tua vida...

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