24 de set. de 2010

Sonhos de um mísero astro


Acontece fora desse mundo mundo.
Em outra galáxia perdida no universo.
Na verdade, ele é que está perdido...
Na imensidão do que sente.
Ela tem vida própria, é estrela.
Ele, pequeno planeta a lhe absorver a luz e o calor.
Estão em órbitas distantes, pra completar.
Tantos outros planetas dançam em volta daquele sol.
Vai ser difícil se fazer enxergar por ela.
Como é difícil também essa vida de contemplação temporária...
Hora vendo-a, hora deixando-a pra trás.
Dia e noite, calor e frio.
Vida tão passiva, tão limitada...
Ele queria fazer bem mais como planeta...
Ser mais que satélite da grande estrela.
Podia fazer diferente, se possível fosse...
Não mais movimento de rotação, por exemplo...
Aí, seria dia pra sempre.
Alegria!
Sempre luz nos olhos.
Sempre o calor na face escolhida.
Condecorar e promover o dia a tudo, e reduzir a noite, ao nada.
Contemplação eterna...

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