20 de set. de 2010

Não Custa Nada


Olhar tuas fotos enquanto se ouve Djavan.
Atravessar madrugadas em conversas que nunca acontecerão.
Atentar para cada detalhe mínimo do teu sorriso perfeito.
Respirar a imaginação de como deve ser estar com você.
Teu perfume, tua pele, teus cabelos, tua voz.
Ir fundo nos teus olhos vivos.
Ver-te mover como se estivestes aqui ao lado, ao alcance do toque dos dedos.

Tudo o que percorri antes de ti parece-me agora nada.
Todos os erros quase se apagaram.
Quase esqueci dos tropeços de sempre.
Tudo por te conhecer, tudo por saber-te existir.
Milagre de querer alguém tanto e tão bem.
E misturar o que é fraterno e o que é 'mal intensionado'.
Desejar-te com sofreguidão e ternura.
Equilibrar-me deliciosamente na corda bamba de 'ser seu'.
De me enquadrar no teu exato querer.
Iludir-me como criança brincando de fazer sombra.
Vestir-te com meu abraço e cobrir-te com meus beijos.
Juntar dor, saudade, felicidade e satisfação num só sentido.

Não importa por onde andar, desde que contigo.
Deixa-nos correr um para o outro.
Permita-nos chocar os corpos sem sofrer algum.
Anestesiando o coração com o simples e sublime fato de amar.
Veneno que não se expurga, doença que nunca cura.
Ainda assim eu querer-te-ia com toda a minha força.
Entre estrelas e estradas, sejas tu, problema ou solução em minha vida.
Mas que sejas...

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