16 de ago. de 2010

Pra meu Governo...

Sou dono de mim.
Responsável por cada gesto, passo e palavra.
Influenciável, em parte apenas...
Porque o lívre-arbítrio é todo meu.
Tão ou mais difícil que governar um país.
É administrar meus próprios muitos erros e raros acertos.
Ainda dá pra enganar muita gente... desviar a atenção dos que me vêem de fora.
Falsifico virtude, lavo os vícios e as mãos.
Faço tudo na surdina do meu interior, por debaixo dos panos, longe da justiça.
Suborno-me enquanto angario votos de bom homem, na imagem que passo.
E vou me levando na lábia, com falsas promessas... Nada a cumprir.
Quem não me conhece, que me compre.
Mas à mim, não engano.
Muito já me pesa a responsabilidade.
Até porquê muitos também hão de sofrer as consequências da minha ditadura hipócrita.
E eu sendo ao mesmo tempo, rei e serviçal da minha triste ilusão.
Falta-me um golpe de estado de espírito, para que eu me liberte.
E mude o rumo do meu destino.

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