22 de jun. de 2010

Outono

Mais que a primavera das flores, o verão das praias e o inverno das cobertas...
O céu azul de brigadeiro que contorna o Sol mais digno...
O entardecer no perfeito degradê do laranja ao lilás...
As noites absolutamente negras, de estrelas vivíssimas à empurrar a imaginação...
O perfume orvalhado das madrugadas mais divinais.
Tantas sensações, tantos sentidos feridos numa só estação.
Impossíveis de descrever ao pé da letra.
E lembrar o quanto essa época me fazia sentir bem...
Tudo me perdeu a cor... criminosamente.
Um dia, ele volta a me impressionar de novo.
Visto que sua natureza é estável e sua beleza, eterna
Que culpa tem ele, se perdi os sentidos?
Se não sinto mais seus cheiros, o frescor à pele...
Se fiquei cego?
Agora, se foi... mas vai voltar.
Como sempre faz, todos os anos.
É esperar que, da próxima vez, eu tenha recuperado minha consciência,
Para poder admirá-lo com toda a atenção que ele merece.

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