21 de out. de 2014

Palavras: forçando pensamentos, estimulando sentimentos, ameaçando estados.


Parece que ninguém mais se acostuma com as palavras.
Quando ditas, se perdem no vazio entre os dois.
Quando escritas, causam espanto e temor, tanto quanto mais sinceras.
Não perdoam mais quem as usa.
Tudo está perdido quando escrito.
Dia desses, me vi agoniado por não dizer o que sentia.
Que fiz? Escrevi.
E se tivesse falado, como desconhecido, seria mal interpretado, ora como psicótico ora como conquistador barato.
Resolvi escrever...
Palavra por palavra, cada qual escolhida com todo carinho, colocadas em ordem com todo cuidado.
Expliquei tudo o que via, que pensava e sentia.
Sem o exagero do elogio, da ilusão, da ousadia.
Tão pensadas quanto sentidas, foram escritas.
Crendo que fosse compreendido, dei asas ao meu coração.
Resultado: rasguei-lhe a alma...
E do outro lado, sem compreender o que ocorria, fugiram de medo.

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