22 de out. de 2010

Considerações


Somos cada um, fundamental engrenagem da grande e complexa máquina 'sociedade'.
Funcionando bem ou mal, a ausência de qualquer peça pode influenciar mais ou menos nos acontecimentos da vida. É assim que a humanidade é arrastada -e se arrasta- ao longo das épocas.
Uns mais ajustados, outros menos, alguns aparentemente inúteis...
Mas basta que se retire uma das tais roldanas dentadas -perfeitas ou defeituosas- para que o maquinário perca boa parte de sua pontualidade. E quanto mais peças removidas sem reservas e sem conserto ou planejamento adequado, maior a desconfiguração do progresso.
Devemos não eliminar qualquer engrenagem e sim, mantê-las todas em equilíbrio de qualidade social.
Mas...
Falta-nos no entanto, deixarmo-nos de considerar a superioridade momentânea física e 'intelectual' como pilares únicos de sustenação funcional da humanidade, pois que esses se desfazem com qualquer sopro mais ou menos forte da vida.
Qualidade não são sobras nem excessos. Qualidade é o equilíbrio espiritual e moral do ser. O resto é consequência nem sempre necessária.
Talvez, só quando o fato de ser uma simples engrenagem nos trouxer plena satisfação -na descoberta de ser fundamentalmente apenas mais um na multidão- é que vamos descobrir que sermos únicos não significa sermos isolados uns dos outros.
E engrenagens funcionam assim: individualmente, mas em conjunto às outras, em ajustes perfeitos, respeitando espaços sistemáticos, aceitando e oferecendo apoio adequadamente, aumentando a potência e diminuido o esforço do movimento.

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