31 de out. de 2010

Armadilha


Por fora, sou um.
Por dentro, sou dois ou mais.
A postura nobre da aparência nas condutas.
A pobreza frágil dos alicerces das minhas verdades.
A rocha que aponta e julga sua imponência.
A feiura da máscara que cai reveladora, decepcionante.
A segurança e a firmeza do pouco caso dos reconhecimentos.
O farrapento que mendiga passear pelos olhos descuidados de atenção.

Sou um engano, um embuste, uma farsa.
Melhor piamente acreditar nisso.
Sou promissor, sincero, profundo e humilde.
Nisso, eu praticamente não acredito mais.

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