14 de abr. de 2010

Ícaro: Filho de Dédalus

Saudade
Do que não poderá mais existir
Saudade
Do que tão pouco vai voltar
Saudade
De ao teu encontro ir
Saudade
De te ver sorrir ao me ver chegar

Saudade
Do teu correr em minha direção
Saudade
Do seu sorriso e do seu reconhecimento
Saudade
De te mostrar o mundo então
Saudade
Do nosso passeio ao céu relento

Saudade
Do cansaço no braço
Saudade
Do suor de te carregar
Saudade
Do teu calor, pequeno regaço
Saudade
Do teu amor gratuito a me incentivar

Saudade
Do labirinto das tuas confusões
Saudade
Dos planos de levantar da vida os véus
Saudade
De juntar cera e penas em armações
Saudade
Da sensação sublime de se içar aos céus

Saudade
Daqueles tempos, daquela essência
Saudade
É a dor do espaço e da ausência.

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