14 de nov. de 2009

O que não darias?

Daria a mão para sentir a ponta dos dedinhos delicados.
Daria o andar para percebê-lo a correr pela casa, como nos tempos de alegria.
Daria o coração para ver de novo seu sorriso inocente e sincero.
Daria o sono mais tranquilo para velar-lhe a noite inteira de sonhos.
Daria os braços para que pulasse neles antes, mais uma única vez.
Daria os olhos para novamente vê-lo acordar carinhoso, preguiçoso.
Daria a lucidez para não recordar mais de tudo o que viveu ao seu lado.
Daria a própria vida para que tudo o que aconteceu fosse só um triste pesadelo.

Num tropeço das pernas, perdeu-o pra sempre.
Num vacilo da mente, a distância se fez eterna.
Num piscar de olhos, nunca mais o viu.
Num erro eminete, só despertou à tempo de sentir a lágrima cair para nunca mais secar.

Tudo porquê não pesou seus atos.
Tudo porquê não mediu suas perdas.
Tudo porquê jamais imaginou que amava tanto assim...

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